Meu Estúdio Maravilhoso
Uma Aventura da Bíblia: Uma Estrada no Rio e uma Guerra Nada Convencional
Sexta-feira, Março 18, 2022

Uma dramatização de Josué 3, 4, 5, e 6

Ver “Um Novo Líder e Seus Agentes Secretos” para a primeira parte da história de Josué.

Encorajado de ouvir as boas notícias sobre Jericó, trazidas pelos seus dois fiéis observadores, Josué decidiu que a hora de avançar havia chegado. No dia seguinte, de manhãzinha cedo, todo o Israel percorreu a última parte do caminho até às margens do Rio Jordão, onde armaram as tendas pela última vez no deserto. A próxima parada seria a Terra Prometida!

No terceiro dia, Josué enviou seus oficiais por todo o acampamento de mais de um milhão de Israelitas, para dar as seguintes instruções:

— Quando virem os sacerdotes carregando a Arca de Deus, saiam dos seus lugares e sigam-na. Assim saberão para onde ir, uma vez que vocês nunca estiveram aqui. Mas mantenham-se a uma distância de um quilômetro da Arca. Não se aproximem dela.

Josué disse então ao povo:

— Santificai-vos diante de Deus, porque amanhã o Senhor fará no meio de vós coisas maravilhosas.

Nessa noite o povo orou, pedindo ao Senhor força e fé. Eles ainda não sabiam como iriam atravessar aquele rio enorme e fundo para irem para Canaã. Era a época das colheitas, e todos os anos nessa época o Jordão transbordava até ter quase dois quilômetros de largura!

No dia seguinte, Josué deu sinal aos sacerdotes para levarem a Arca e irem adiante do povo.

Deus encorajou Josué ao dizer:

— Hoje começarei a te honrar diante de todo o Israel, para que saibam que, assim como estive com Moisés, também estarei contigo. Ordene aos sacerdotes que levam a Arca para pisarem nas águas do rio Jordão e permanecerem ali.

Josué então gritou para o povo, dizendo:

— Venham ouvir as palavras de Deus para nós! Através das Suas promessas saberão que o Deus vivo está no meio de nós, e Ele não falhará em expulsar o povo que habita na terra de Canaã, a terra que herdarão. A Arca da Aliança do Senhor de toda a Terra vai atravessar diante de vós o Jordão. Assim que as plantas dos pés dos sacerdotes que levam a Arca tiverem tocado as águas do Jordão, as águas vindo de cima pararão e se levantarão num muro de água.

O povo todo esperava e olhava a certa distância, prendendo o fôlego, na expectativa, à medida que os sacerdotes se aproximavam do rio. As águas redemoinhantes continuavam correndo do mesmo jeito, mas os sacerdotes seguiram caminhando até sentirem as águas banharem seus pés.

E nesse preciso momento as águas começaram a inverter a sua direção e a correr para cima contra a corrente normal! À distância, a uns poucos quilômetros rio acima, as águas começaram a amontoar-se cada vez mais alto como se estivessem sendo retidas por uma grande barragem invisível! Enquanto isso, abaixo do local onde os sacerdotes se encontravam, o rio correu em direção ao Mar Morto, esvaziando assim o leito do rio. Tudo isto aconteceu no local onde o Jordão passava por Jericó.

Josué então ordenou que os sacerdotes fossem até ao meio do leito do rio seco e ficassem ali. Assim, aquela multidão de homens, mulheres e crianças, com os seus rebanhos de ovelhas e o seu gado, juntamente com as carroças e os animais de carga que carregavam suas tendas e provisões, começaram a atravessar o Jordão.

A não ser pelo barulho das rodas das carroças e do som dos animais, um milhão de pessoas atravessaram silenciosamente, em desafio à natureza, o leito seco daquele rio, sentindo-se no entanto tão insignificantes na sua própria força, diminuídos pelo absoluto poder do seu Deus poderoso, o Qual, num momento tinha parado a força de um rio furioso, a fim de realizar o Seu propósito.

Muitas horas depois, quando todos estavam a salvo e em segurança do outro lado, Deus ordenou a Josué que enviasse doze homens, um de cada tribo, para que fossem até ao meio do rio Jordão onde ainda estava a Arca e os que a carregavam. Cada um deles deveria voltar com uma pedra do rio, com a qual deveriam edificar um monumento na beira do rio.

— Isto será um sinal para o futuro — proclamou Josué ao povo. — Para que quando seus filhos perguntarem o que significam estas pedras, vocês possam dizer-lhes “É para nos lembrar de que as águas do Jordão pararam de correr, quando a Arca do Senhor o atravessou”.

E quando tudo terminou, Josué ordenou que os sacerdotes saíssem do leito do rio e assim que eles pisaram no lado oposto do rio, as águas do Jordão voltaram ao seu lugar e voltaram a correr no mesmo nível que antes.

Entretanto, o ambiente em Jericó estava fervendo de atividade. Do alto das muralhas da cidade os movimentos dos hebreus estavam sendo observados desde que eles milagrosamente atravessaram o rio Jordão. O rei de Jericó ouvira falar das valentes façanhas de Josué e dos hebreus quando ainda estavam no deserto, como seu Deus havia dividido o Mar Vermelho quando eles saíram do Egito, e como eles tinham conquistado os dois reis dos Amoreus no Leste do Jordão.

De modo que o rei, esperando um ataque a qualquer momento, ordenou aos seus homens que trancassem os portões da cidade. Ninguém podia entrar nem sair. As sentinelas nas muralhas deveriam informar qualquer movimento no acampamento de Israel, e todo o homem capaz estava armado e pronto para a batalha.

Cedo de manhã, o rei foi informado às pressas, de que os Hebreus estavam se mobilizando. Em breve soou o alarme em todos os lugares, e os homens de armas de Jericó tomaram suas posições ao longo das muralhas.

Lá no acampamento, Josué transmitiu as instruções do Senhor para os sacerdotes:

— Levem a Arca do Senhor e sete sacerdotes que carregarão trombetas na frente dela.

E deu ordens ao povo dizendo:

—Avancem! Marchem ao redor da cidade. Os que carregam armas vão na frente da Arca, e os outros na retaguarda dela.

A essa altura as muralhas de Jericó estavam cheias de pessoas que assistiam ao desfile mais estranho que já tinham visto. Não era nada do que os espectadores esperavam. Os hebreus não os estavam atacando, mas simplesmente marchando em silêncio em volta da cidade com os sacerdotes continuamente tocando suas trombetas. (Josué havia ordenado ao povo que não gritasse ou fizesse qualquer som com suas vozes nem dissesse qualquer coisa até o dia em que lhes dissesse para gritar. Então gritariam com todas as suas forças.)

O povo de Jericó não sabia o que pensar deste estranho espetáculo, que ocorreu não só naquele primeiro dia, mas uma vez cada dia durante seis dias consecutivos. Olhando lá das muralhas para baixo, alguns zombavam dos seus pretensos conquistadores, mas outros se sentiam apreensivos.

No sétimo dia, em vez de se dispersarem após a primeira marcha ao redor da cidade, os Hebreus continuaram rodeando-a, com as sete trombetas soando e o barulho constante de milhares de pessoas marchando. E na sétima vez, quando os sete sacerdotes tocaram a trombeta demoradamente, Josué deu a ordem:

— Gritem! Pois o Senhor nos deu a cidade!

Naquele momento, cada soldado nas fileiras encheu os ares com um grande berro! E com enorme estrondo as muralhas de Jericó começaram a cair até que desmoronaram totalmente! Somente a casa de Raabe continuou de pé.

Os homens de Josué invadiram a cidade, e como haviam sido instruídos, não deixaram nada vivo a não ser Raabe e a família de seu pai, porque ela escondera os mensageiros que Josué havia enviado a espiar Jericó.

Deus estava com Josué e a sua fama se espalhou por toda a terra.

Ver “Heróis da Bíblia: Josué” para mais sobre este fascinante personagem da Bíblia.
Adaptado do Good Thots © 1987. Design Roy Evans.
Uma produção My Wonder Studio Production. Copyright © 2022 por A Família Internacional.
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Tagged: aventura bíblica em áudio, histórias bíblicas para crianças, coragem, grandes homens e mulheres de deus, fé